Ações da Deere & Co. sofrem queda apesar de lucros acima do esperado, previsões desanimam investidores

A Deere & Co. (NYSE:DE) anunciou os resultados do segundo trimestre fiscal na manhã de quinta-feira, 16 de maio de 2024.

As ações da Deere & Co. experimentaram uma queda de 5,5% inicialmente após o anúncio, mesmo após a empresa reportar lucros superiores às expectativas para o segundo trimestre fiscal. A decepção veio com a orientação futura da empresa, que não atendeu às expectativas do mercado, causando preocupações entre os investidores. No momento da escrita, a queda nas ações foi amenizada para menos 2,2%.

Com essas notícias, as ações da Deere caíram 3,5% no acumulado do ano, um desempenho significativamente inferior ao ganho de 11,3% do S&P 500 no mesmo período.

A Deere & Co. também é negociada na B3 através da BDR (BOV:DEEC34).

A empresa registrou um lucro líquido de US$ 2,370 bilhões, ou US$ 8,53 por ação, para o trimestre que terminou em 28 de abril. Este resultado, apesar de robusto, foi inferior ao lucro de US$ 2,860 bilhões, ou US$ 9,65 por ação, do ano anterior. As vendas, contudo, mostraram uma queda de 12%, somando US$ 15,235 bilhões, em comparação com US$ 17,837 bilhões no mesmo período do ano passado. As expectativas do FactSet, que previa lucro por ação de US$ 7,86 e vendas de US$ 13,291 bilhões.

Foi a projeção futura que realmente balançou o mercado. A empresa ajustou suas expectativas de lucro líquido para o ano fiscal de 2024 para cerca de US$ 7,0 bilhões, abaixo da previsão anterior de US$ 7,5 bilhões a US$ 7,75 bilhões.

John C. May, presidente-executivo da Deere, atribuiu os resultados ao ambiente desafiador no setor agrícola global, mencionando mudanças significativas que impactaram a empresa. Ele ressaltou que a Deere está ajustando proativamente seus níveis de produção e estoque para se adaptar à flutuação da demanda e posicionar a empresa para o futuro.

A Deere também reportou quedas significativas em várias áreas de negócio: as vendas de produção e agricultura de precisão caíram 16%, enquanto as de pequena agricultura e grama diminuíram 23%. O segmento de construção e silvicultura viu uma redução de 7% em suas vendas. Essas reduções foram atribuídas aos menores volumes de envio que não foram totalmente compensados pelos aumentos de preço.