Ex-CEO da BP Bernard Looney perde milhões em bônus por violação de conduta

Bernard Looney, ex-CEO da BP Plc (NYSE:BP), enfrenta a perda de até £32,4 milhões (equivalente a aproximadamente US$ 40,6 milhões) em remuneração após sua renúncia em setembro, motivada por declarações falsas sobre relações pessoais com colegas de trabalho. A BP declarou na quarta-feira (13) que Looney agiu de maneira enganosa em relação ao conselho, considerando isso uma grave má conduta.

A BP Plc também é negociada na B3 através da BDR (BOV:B1PP34).

Looney, de 53 anos, renunciou no dia 12 de setembro após falhar em divulgar adequadamente relacionamentos anteriores com colegas. Ele foi temporariamente substituído por Murray Auchincloss, o Diretor Financeiro da empresa, que foi instruído a se abster de qualquer decisão relacionada ao ex-CEO.

De acordo com a BP, a partir da data de sua saída, Looney não terá mais direito a salário, pensão ou outros benefícios, e também não receberá qualquer bônus anual referente ao ano fiscal de 2023. Ele se torna o segundo executivo de uma empresa listada no FTSE 100 a perder seu bônus recentemente, seguindo a ex-líder do NatWest Group Plc, Alison Rose, que teve seu pagamento reduzido em £ 7,6 milhões após renunciar.

Looney expressou orgulho pelos feitos alcançados na BP e mostrou-se desapontado com o desenrolar dos eventos. Ele desejou sucesso futuro a todos na BP.

A maior parte dos £ 32,4 milhões que Looney perderá decorre da renúncia imediata, com cerca de 10% desta perda vinculada diretamente à decisão do conselho de demiti-lo por má conduta grave. A BP também planeja recuperar 50% do bônus em dinheiro pago a Looney em 2022 e uma porção das ações concedidas em um plano de desempenho, somando menos de £ 1 milhão. Em 2022, Looney havia recebido £ 10 milhões, levemente acima do que foi concedido a Ben van Beurden, ex-CEO da Shell Plc, que agora está aposentado.

Enquanto isso, a BP está ativamente procurando um substituto permanente para Looney, com headhunters conduzindo buscas externas e avaliando candidatos internos. Auchincloss negou rumores de que a BP estaria vulnerável a aquisições, assegurando que a estratégia da empresa permanece firme.